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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Mídia e Consumismo

O ambientalismo na mídia: da sustentabilidade pontual ao consumismo geral




Este artigo, disponível na internet, analisa o discurso da mídia de massa no Brasil sobre questões ambientais, fundamentadas no princípio do consumismo e num modelo de desenvolvimento que gera cada vez mais exclusão social e degradação ambiental. Foi analisada a programação da Rede Globo entre os anos de 2001 e 2002, sendo esta emissora escolhida por apresentar os maiores índices de audiência.
A mídia é um dos principais meios de difusão do atual modelo de desenvolvimento, sendo que este modelo tem como um dos principais pilares de reprodução o consumismo em detrimento da degradação ambiental. Um ponto positivo é que a mídia de massa levou a discussão sobre as questões ambientais para fora dos círculos acadêmicos, fazendo com que esse tema ficasse conhecido por toda sociedade. O problema é que a mídia aborda a aspecto ambiental sobre três aspectos principais: divulgação do ecoturismo, denúncia de crimes ambientais e apresentação de propostas imediatas e pontuais para resolver essa questão. Essas abordagens são insuficientes para criar na sociedade novos hábitos, ocorre na verdade o oposto, pois são enfatizados velhos hábitos que reproduzem o modelo de desenvolvimento.
No Brasil, um marco para a veiculação de problemas ambientais na mídia foi a ECO-92. Logo após a questão ambiental se firmou como estratégia de marketing, para promover diversos produtos e serviços denominados verdes, que seriam a base de um consumo ecologicamente correto, mas que apenas, na verdade, enfatizavam o consumo desenfreado.
Apesar de o texto ser de 2002, essa questão ainda está bem presente nas discussões, e hoje se pode acrescentar que além da televisão, também a internet é um poderoso instrumento de difusão de idéias e hábitos que reforçam o consumo exacerbado.

RAMOS, P. R; RAMALHO, D de S. O ambientalismo na mídia: da sustentabilidade pontual ao consumismo geral. Revista FAEEBA – Educação e contemporaneidade. Salvador, v.11, n. 18, p. 317-332, jul/dez 2002.

Disponível em: http://jaguatiricaemacao.blogspot.com/
http://www.revistadafaeeba.uneb.br/anteriores/numero18.pdf#page=75

fonte da imagem: http://emidiobatista.wordpress.com/

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